Ash-Shilbia, poetisa da época almoóada, nasceu em Silves e foi muito admirada pela sua arte poética e intervenção social.O poema que publicamos refere-se ao descontentamento e protesto dos habitantes perante o rei Ia'qub al-Mansur pelo peso excessivo das taxas e impostos que sobre eles recaiem. | <><> >
De chorarem os palácios é chegada a hora
Pois as próprias pedras se lamentam.
Ó tu que vais onde a Clemência mora,
Esperando pôr fim às mágoas que atormentam,
Diz ao Príncipe quando chegares às suas portas:
Pastor! Olha as tuas ovelhas quase mortas
Que ficam sem prado para pastar;
Deixaste-as à mercê de muitas feras.
Um paraíso, minha Silves, eras.
Tiranos te lançaram ao fogo do inferno
O castigo de Alá parecendo desprezar:
Porém, nada é oculto para o Eterno.
Pois as próprias pedras se lamentam.
Ó tu que vais onde a Clemência mora,
Esperando pôr fim às mágoas que atormentam,
Diz ao Príncipe quando chegares às suas portas:
Pastor! Olha as tuas ovelhas quase mortas
Que ficam sem prado para pastar;
Deixaste-as à mercê de muitas feras.
Um paraíso, minha Silves, eras.
Tiranos te lançaram ao fogo do inferno
O castigo de Alá parecendo desprezar:
Porém, nada é oculto para o Eterno.
in: "O Mirante" nº13,1998, órgão da Associação de Estudos e Defesa do Património Histórico-Cultural de Silves - Alves, Adalberto)
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